domingo, 23 de março de 2014

Avaliação de Português através de textos diversificados

AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS      Nome:.....................................................nº......7º ano  ......../......../.........
Feias, sujas e imbatíveis
As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos polos e podem ficar até 30
dias sem comer. Vai encarar? Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos
bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.
Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao
banheiro, são três vezes maiores.

Revista Galileu. Rio de Janeiro:
Globo, Nº 151, Fev. 2004, p. 26.

1-       No trecho “Vai encarar?” o ponto de interrogação tem o efeito de
(A) apresentar.
(B) avisar.
(C) desafiar.
(D) questionar.
2- A expressão “Vai encarar?” é marca de Linguagem:
(A) científica.
(B) formal.
(C) informal.
(D) regional.
LEIA O TEXTO: Qualquer vida é muita dentro da floresta

Se a gente olha de cima, parece tudo parado. Mas por dentro é diferente.
A floresta está sempre em movimento. Há uma vida dentro dela que se transforma
sem parar. Vem o vento. Vem a chuva. Caem as folhas. E nascem novas folhas.  Das flores saem os frutos. E os frutos são alimento. Os pássaros deixam cair as sementes. Das sementes nascem novas árvores. As luzes dos vaga-lumes são estrelas na terra. E com o sol vem o dia. Esquenta a mata. Ilumina as folhas. Tudo tem cor e movimento.

ÍNDIOS TICUNA. Qualquer vida é muita dentro da floresta.
In: O livro das árvores. 2. ed. Organização Geral dos
Professores Ticuna Bilíngues, 1998. p. 48.
3-       A ideia central do texto é
(A) a chuva na floresta.
(B) a importância do Sol.
(C) a vida na floresta.
(D) o movimento das águas.
4-       O que diz o trecho

“Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.”
acontece porque

(A) aparecem estrelas.
(B) brotam flores.
(C) chega o sol.
(D) vem o vento.
5-       No trecho “Há uma vida dentro dela que se
transforma sem parar.” a palavra sublinhada refere-se à
(A)                floresta. (B) chuva. (C) terra. (D) cor.

LEIA O TEXTO: EVA FURNARI

EVA FURNARI – Uma das principais figuras da literatura para crianças. Eva Furnari nasceu em Roma (Itália) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em São Paulo. Desde muito jovem, sua atração eram os livros de estampas – e não causa estranhamento algum imaginá-la envolvida com cores, lápis e pincéis, desenhando mundos e personagens para habitá-los...  Suas habilidades criativas encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes Plásticas expondo, em 1971, desenhos e pinturas na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna, em uma mostra individual. Paralelamente, cursou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, formando-se no ano de 1976. No entanto, erguer prédios tornou-se pouco atraente quando encontrou a experiência das narrativas visuais.
Iniciou sua carreira como autora e ilustradora, publicando histórias sem texto verbal, isto é, contadas apenas por imagens. Seu primeiro livro foi lançado pela Ática, em 1980, Cabra-cega, inaugurando a coleção Peixe Vivo, premiada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ.
Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu muitos prêmios, entre eles contam o Jabuti de  "Melhor Ilustração" – Trucks (Ática, 1991), A bruxa Zelda e os 80 docinhos (1986) e Anjinho (1998) – sete láureas concedidas pela FNLIJ e o Prêmio APCA pelo conjunto de sua obra.
http:llcaracal. imaginaria. cam/autog rafas/evafurnari/index. html

6-       No trecho “Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu prêmios, entre eles contam o Jabuti” (... 14),
a palavra destacada refere-se a

(A) lápis. (B) livros. (C) pincéis. (D) prêmios.
7-O trecho que contém uma ideia de tempo é
(A) “Eva Furnari nasceu em Roma.”
(B) “radicando-se em São Paulo.”
(C) “formando-se no ano de 1976.”
(D) “seu primeiro livro foi lançado pela Ática.”

Observe as frases:
“Pai é um negócio fogo...”
“...o Beto é o maior folgado...”
“...mixou a brincadeira.”
8-Indicam um tipo de linguagem utilizada mais por
(A)                idosos. (B) professores. (C) crianças. (D) cientistas.
O menino que mentia

Um pastor costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma peça nos vizinhos. Um lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas! Os vizinhos largaram o trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino. Mas encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo nenhum.  Ainda outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar; e ele caçoou de todos. Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de  medo, o menino saiu correndo. Um lobo! Um lobo! Socorro! Os vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu e o pastor perdeu todo o rebanho.  Ninguém acredita quando o mentiroso fala a verdade.
   BENNETT, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

9-       O texto tem a finalidade de

 (A) dar uma informação.
     (B)    fazer uma propaganda.
     (C) registrar um acontecimento.
     (D) transmitir um ensinamento.

10- No final da história, pode-se entender que
(A) as ovelhas fugiram do pastor.
     (B) os vizinhos assustaram o rebanho.
 (C) o lobo comeu todo o rebanho.
     (D) o jovem pastor pediu socorro.

Leia o texto:    Horário de verão começará dia 2 de novembro
                          Data foi adiada por causa do segundo turno das eleições
BRASÍLIA. O horário de verão este ano vai começar à meia-noite do dia 2 de novembro, uma terça-feira, feriado de finados. Os relógios deverão ser adiantados em uma hora. A expectativa do governo é que haja uma redução da demanda no horário de ponta (entre 19h e 22 h) de 1.780MW, o equivalente a 5% da demanda neste horário.
                    No ano passado, a mudança ocorreu em meados de outubro, mas o início este ano foi adiado para atender a pedido do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Sepúlveda Pertence. O TSE temia que a mudança pudesse prejudicar o segundo turno das eleições, marcado para 31 deste mês. Em 2002, no pleito para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, o horário de verão também começou em novembro.
                     O término do horário de verão será à meia-noite de 20 de fevereiro de 2005. Ele será adotado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, abrangendo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. Depois de análise técnica, o governo decidiu incluir o Mato Grosso.
                                                              (O GLOBO, 05.10.2004)
11- A notícia informa que a mudança de horário, em 2004, será:
(a) no fim do mês de outubro. (b) em meados de outubro.
(c) no mês de novembro.         (d) numa quarta-feira.
12- Em “A expectativa do Governo é de que haja uma redução da demanda no horário...” a expressão sublinhada significa:
(a) desperdício            (b) escassez        (c) aumento        (d) economia
13- A questão central tratada no texto é:
(a) a mudança de horário              (b) a atualização dos calendários
(c) o racionamento de energia.   (d) o desperdício de recursos.
LEIA O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER AS QUESTÕES  DE 14 A 16:
     De manhã, pai bate na porta do quarto do filho:
     - Acorda, meu filho.Acorda, que está na hora de você ir para o colégio.
     Lá de dentro, estremunhado, o filho respondeu:
     - Pai, eu hoje não vou ao colégio. E não vou por três razões: primeiro, porque eu estou morto de sono; segundo, porque eu detesto aquele colégio; terceiro, porque eu não agüento mais aqueles meninos.
     E o pai respondeu lá de fora:
     - Você tem que ir. E tem que ir, exatamente, por três razões: primeiro, porque você tem um dever a cumprir; segundo, porque você já tem 45 anos; terceiro, porque você é o diretor do colégio.
                             (Anedotinhas do Pasquim, Rio de Janeiro: Codecri, 1981. p.8)
14-   Durante a leitura, o leitor é levado a compreendê-la de determinada forma, até ter uma surpresa. Em que parágrafo acontece a surpresa?
      (a) 4º parágrafo      (b)  2º parágrafo   (c) último parágrafo  (d) penúltimo parágrafo
15-     Antes de ter a surpresa, como o leitor entende o texto, com quem o pai estaria falando?
(a)     Como se tratasse de uma situação comum, em que um pai acorda o filho (uma criança)
(b)     Como se tratasse de uma situação em que uma criança acorda o pai.
(c)     Como se tratasse de duas pessoas adultas.
(d)     Como se tratasse de uma situação entre pai e avô.
16-     Qual é a informação que não temos até chegar a surpresa final?
(a)     A informação de que  ele é uma criança.
(b)     A informação de que ele é um adolescente.
(c)     A informação de que ele é um adulto.
(d)     A informação de que são pai e filho.
LEIA O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER AS QUESTÕES DE 17 A 20:
UBERABA > “Chico era acusado de atacar pessoas” MACACO LADRÃO É PERDOADO
Apesar das acusações de furto, roubo e lesão corporal, o macaco-prego Chico vai continuar habitando A Mata do Ipê, uma unidade de conservação em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A decisão foi tomada ontem, em uma audiência pública que durou mais de três horas e reuniu representantes da Prefeitura, da Câmara Municipal, da promotoria e moradores da cidade.
O animal, que vive no parque desde que nasceu, tem atacado pessoas e, com isso, acabou dividindo a cidade entre os que defendiam sua permanência e os que queriam que ele fosse embora. Por isso, foi preciso realizar a audiência.
Nos últimos dois meses, foram registrados cerca de 40 casos de pessoas atacadas pelo macaco. Na tentativa de pegar comida de quem passava pelo local, ele roubava tudo o que encontrava nos bolsos das pessoas, como chaves e celulares. De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, Ricardo Lima, nenhuma das vítimas foi à audiência, o que, para ele, mostra que o macaco não tem culpa.
O Ministério Público pediu um estudo para apresentar alternativas para o convívio do macaco com as  pessoas. A primeira reunião de especialistas será segunda-feira. O projeto deve ter como foco a educação ambiental e a criação de uma estrutura que possibilite uma convivência pacífica.
                                        JORNAL DA TARDE, 11/08/2007
17- O assunto tratado no texto acima é sobre um macaco que:
(a) sofreu lesões corporais.(b) foi julgado e perdoado em audiência pública.
(c) trabalhava no parque.(d) destruía o ambiente.
18- Em que unidade de conservação o macaco vivia?
(a) Câmara Municipal   (b) Ministério Público (c) Prefeitura   (d) Na Mata  do Ipê
19- Considere o fato: “O macaco [...] atacava pessoas.” Reflete uma opinião sobre este fato, a frase:
(a)o animal que vive no parque.          (b) O macaco não tem culpa.
(c) Nenhuma das vítimas foi à audiência.   (d) Foram registrados cerca de 40 casos.
       20- De acordo com os texto auxiliares dessa notícia, entende-se que “Chico”, “macaco ladrão” e “macaco-prego” referem-se:
       (a) ao réu em questão.  (b) a animais diferentes.  (c) a pessoas e animais.  (d) a fatos parecidos.










PROJETO: MINHA BIOGRAFIA
GÊNERO A SER TRABALHADO: RELATO AUTOBIOGRÁFICO.           
OBJETIVO:
·         Reconhecer um texto biográfico, através das suas características peculiares.
·         Traçar a sua própria biografia.

JUSTIFICATIVA:
·         Aprender sobre relatos biográficos e sua importância para situar-se como pessoa em um determinado espaço e suas realizações.

METODOLOGIA:
·         Formar grupos de trabalho.
·         Pesquisar a biografia de vários autores e expor para a classe, através de painéis.
·         Cada integrante do grupo deverá criar a sua própria biografia tendo como base as biografias pesquisadas.
RECURSOS MATERIAIS:
·         Sala de leitura.
·         Livros diversos.
·         Papel, caneta, lápis, borracha, etc.
PÚBLICO ALVO:
·         7º ano A,B, C.
DISCIPLINA:
·         Português.
DURAÇÃO:
·         6 A 8 aulas.
AVALIAÇÃO:
·         Observação do desempenho individual e em grupo.
·         Realização do texto autobiográfico dentro do que será solicitado ao aluno.
PROFESSOR RESPONSÁVEL:
Célia Regina Ferraz


Textos com a temática futebol.

O dono da bola
Ruth Rocha
O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a mesma coisa.
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia a mesma coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!
– Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo...
– Espírito esportivo, nada! – berrava Caloca. – E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto!
E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
– Se eu não for o capitão do time, vou embora!
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola!
E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a bola embora e adeus, treino.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma reunião:
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva:
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum!
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem.
 E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço.
Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós passávamos pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a parede. Acho que a parede era o único amigo que ele tinha. Mas eu acho que jogar com a parede não deve ser muito divertido.
Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não aguentou mais. Apareceu lá no campinho.
– Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou gritando:
– Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
– Viva!       
– Viva o Catapimba!
– Viva!
– Viva o Carlos Alberto!
– Viva!
Então o Carlos Alberto gritou:
– Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de Caloca!
  - Agora, leia este segundo texto:
Futebol na raça

Criado na Inglaterra em 1863, ele desembarcou no Brasil 31 anos depois, na forma de uma bola trazida debaixo do braço pelo estudante paulista Charles Miller. Chegou elitista, racista e excludente. Quando se organizaram os primeiros campeonatos, lá pelo começo do século, era esporte de branco, rico, praticado em clubes fechados ou colégios seletos. Negros e pobres estavam simplesmente proibidos de chegar perto dos gramados, mas mesmo à distância, perceberam o jogo e deles se agradaram.
Estava ali uma brincadeira feita sob medida para pobre. Não exige equipamento especial além de um objeto qualquer que possa ser chutado como se fosse bola. Pode ser praticado na rua, no pátio da escola, no fundo do quintal. O número e o tipo de jogador dependem apenas de combinação entre as partes. Jogam o forte e o fraco, o baixinho e o altão, o gordo e o magro. (...)
Maurício Cardoso. Revista Veja.  


A CARTA 

Esta outra história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela, Marta. Os dois brigaram feio, e Marta escreveu uma carta para Haroldo, rompendo definitivamente o namoro e ainda dizendo uma verdade que ele precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas Marta se arrependeu do que tinha escrito e no dia seguinte fez plantão na calçada em frente do edifício de Haroldo, esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer jeito. Quando o carteiro apareceu, Marta fingiu que estava chegando ao edifício e perguntou:
- Alguma coisa para o 702? Eu levo.
Mas não tinha nada para o 702. No dia seguinte tinha, mas não a carta de Marta. No terceiro dia, o carteiro desconfiou, hesitou em entregar a correspondência a Marta, que foi obrigada a fazer uma encenação dramática. Não era do 702. Era a autora de uma carta para o 702. E queria a carta de volta. Precisava daquela carta. Era importantíssimo ter aquela carta. Não podia dizer por quê. Afinal, a carta era dela mesma, devia ter o direito de recuperá-la quando quisesse! O carteiro disse que o que ela estava querendo fazer era crime federal, mas mesmo assim olhou os envelopes do 702 para ver se entre eles estava a carta. Não estava. No dia seguinte – quando Marta ficou sabendo que o carteiro se chamava Jessé e, apesar de tão jovem, já era viúvo, além de colorado – também não. No outro dia também não, e o carteiro convidou Marta para, quem sabe, um chope. Na manhã depois do chope, a carta ainda não tinha chegado a Marta e Jessé combinaram ir ver Titanic juntos. No dia seguinte – nem sinal da carta – Jessé perguntou se Marta não queria conhecer sua casa. Era uma casa pobre, morava com a mãe, mas, se ela não se importasse... Marta disse que ia pensar.
No dia seguinte, chegou a carta. Jessé deu a carta a Marta. Ela ficou olhando o envelope por um longo minuto. Depois a devolveu ao carteiro e disse:
- Entrega.
E, diante do espanto de Jessé, explicou que só queria ver se tinha posto o endereço certo.

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Festa de Criança. São Paulo: Editora Ática, 2006.

1-Identifique no texto os seguintes elementos da narrativa:
a) as personagens -
b) o narrador -
c) o espaço -

2-Não há como dizer quando esta história aconteceu, mas através do texto podemos saber durante quanto tempo o conflito se estendeu até o seu desfecho. Determine este tempo.

3-Qual é o conflito da narrativa?

4- Qual o momento de maior tensão (clímax) da narrativa?

5-O desfecho da narrativa não é o esperado, nem por Jessé, nem pelo leitor. Qual é este desfecho? Por que ele não é esperado?