Aprendi a ler muito rápido. Logo que entrei
na escola na 1ª série, usávamos uma cartilha chamada “O Sonho de Talita”, muito
diferente de todo mundo que aprendeu a ler com a cartilha “Caminho Suave”. Por
conta dessa rapidez, minha professora, uma freira chamada Fátima, pedia que eu
me sentasse com outros colegas de classe em um cantinho no corredor do colégio
e ajudasse na leitura. Será que já era uma sementinha para ser
professora? Hum... Quem sabe...
Mas o que me trouxe para o mundo da leitura
e também ajudou na escrita, foram principalmente as manhãs de domingo. Meu pai
sempre comprava o jornal e aí me identifico com o pintor Newton Mesquita quando
diz que era sozinho, pois como não tive irmãos algumas coisas me faziam
companhia como os livros e os cachorros. Continuando, líamos o jornal, minha
grande família, eu, minha mãe e meu pai. Principalmente meu pai era um
leitor ávido, estava sempre com algum livro diferente nas mãos lendo, conforme
fui crescendo começamos a trocar os livros que líamos e comentávamos. Acho que
ele também teve um espelho que também gostava de ler que era a minha avó,
o vírus da leitura foi passado de uma geração para outra.
Muito bem. Então você já era das que monitoravam a turma. É, acho que a freira foi quem completou os ensinamentos da casa regando a sementinha plantada por seus pais.
ResponderExcluirAbraços